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31/05/08

Teus pés


Na distância existente,
entre teus pés e teu rosto
vou deslizando vadiamente
e descobrindo o teu gosto!

Com tua boca eu deliro!
Com teus lábios enlouqueço!
Com teus pés eu me inspiro
e do mundo até esqueço!

Amo estes pés que te conduzem
e que te trazem gostosa para mim!
Perco-me nestes dedos que me seduzem
e que me enchem de um tesão sem fim!

(Liana Mautoni)

27/05/08

A segunda dose


Nua na cama
O Vinho no meu corpo
Escorre até o púbis
Molha minha vagina..
Mãos e boca me bebem,
Lambem-me,
No caminho
Sugam meu vinho
Meu carinho,
Enlouquecem-me..
Minha taça entre as pernas
Na boca do amante
Tesão malicioso,
maravilhoso..
Língua constante,
Gritos, sussurros e suspiros,
Gozos intensos
Na madrugada de amar
Quero a segunda dose.

Aline Dremir

23/05/08

Desejo


A tua boca tão perto,

À breve distância

De um impulso…


Os meus olhos

Na luz dos teus,

A perpetuarem a agonia…


O teu sorriso

Como um íman

A convidar-me ao desvario…


Tu, sem piedade de mim,

A adivinhares-me

As intenções…


Tu, sem nada fazeres

A atiçares-me

O desejo…


Eu, em sobressalto,

A cobiçar o perigo

Que a tua aura emana…


Eu, em desespero,

A perder-me de urgências

Por me encontrar em ti…


E a tua boca…


Ah! A tua boca tão perto…

E tão longe

De chegar à minha!


Ana Paula Guerreiro

20/05/08

Salivo por te comer


Comer teu fruto proibido

Em beber na jazida do peito

Amar e ser amado em teu leito

Doces recordações inibido


Na arte de me iludires

Com os contornos do teu corpo

De fazeres renascer um morto

Levas-me ao céu ao sentires


Meus olhos te copiam

Copiosamente hipnotizam

Com teu lindo peito eriçado


Poética aquela sensação

De querer meu ventre amado

Por te tocar no coração


Pedro Lopes

16/05/08

Calor


Sinto um calor
Uma sensação de calor
Um fogo que me queima
Que consome o meu peito
Que desce até ao umbigo
Que vadia na minha vulva
Um desejo de que me consumas
Uma aflição demente
Quase pecaminosa.
Lambo meus lábios
Lambo meus dedos
Entrego-me a mim
Absorvo-me na libido
Na lascívia do meu corpo
Acaricio-me na tua falta
E mato o desejo de te ter
Apago este fogo ardente
Extingo este delírio carnal
E relaxo esperando por ti
No nosso ninho de loucura

Jojo

15/05/08

Intervalo amoroso


O que fazer entre um orgasmo e outro,
quando se abre um intervalo
sem teu corpo?

Onde estou, quando não estou
no teu gozo incluído?
Sou todo exílio?

Que imperfeita forma de ser é essa
quando de ti sou apartado?

Que neutra forma toco
quando não toco teus seios, coxas
e não recolho o sopro da vida de tua boca?

O que fazer entre um poema e outro
olhando a cama, a folha fria?

É como se entre um dia e outro
houvesse o vago-dia, cinza,
vida igual a morte, amortecida.

O poema, avulso gesto de amor,
é vão recobrimento de espaços.
O poema é dúbia forma de enlace,
substitui o pênis
pelo lápis
- e é lapso.

Affonso Romano de Sant’Anna

14/05/08

Joelho


Ponho um beijo
demorado
no topo do teu joelho

Desço-te a perna
arrastando
a saliva pelo meio

Onde a língua
segue o trilho
até onde vai o beijo

Não há nada
que disfarce
de ti aquilo que vejo

Em torno um mar
tão revolto
no cume o cimo do tempo

E os lençóis desalinhados
como se fosse
de vento

Volto então ao teu
joelho
entreabrindo-te as pernas

Deixando a boca
faminta
seguir o desejo nelas.

Maria Teresa Horta

11/05/08

Momento




Piano de fundo,
é Jarrett em Viena,
um murmúrio
na roupa
que largamos em cena...
Umas mãos saudosas,
suaves e quentes,
invadem
teus espaços
incandescentes...
A boca de nós dois
resolve o mistério
por detrás
do sabor
de um beijo sério...
As verdades que vestimos
deixámos à porta,
que aqui dentro,
o momento,
é só o que importa...
Tens na pele
marcado
o mestrado da vida
e eu tenho na minha
suavidade contida...
Gritas e gemes
no teu mar revolto,
arrepios
atravessam-te
quando te volto...
Com as mãos na parede
eu entro em teu corpo,
vês que na verdade
ele tem estado
morto...
As mãos saudosas,
que agarram o arrepio,
são vivas lembranças
do teu rodopio...
Deixaste-me o corpo,
escorrendo prazer,
encontrei-te
nas nuvens
e refiz-te Mulher...
Se o orgasmo que soltas
for um grito infinito,
nós dois cantaremos
no prazer
deste calor...
bendito.

Rui Diniz

09/05/08

Devaneios


Encostaste-te a mim, agarrando-me os seios..
Senti o teu sexo duro junto as minha nádegas..
Virei-me devagar para o sentir nas minhas coxas já entreabertas..
Tu com as tuas mãos ágeis retiraste-me as cuecas..
E com os dedos hábeis abriste caminho para dentro de mim..
Um caminho já húmido e a desejar senti-lo assim duro cheio de tesão..
Penetras-me devagarinho enquanto me beijas com urgência..
Ao aumentar a nossa tesão aumenta o ritmo e os nossos gemidos ouvem-se..
Entre gemidos e gritos descontrolados sinto-te dentro de mim..
Sinto o nosso orgasmo e ficamos assim, parados entrelaçados um no outro..
Ficamos em silêncio até amanhecer..

08/05/08

Devaneios perdidos no tempo


O desejo passa e vive para sempre
no alto de corações tocados pelo vento,
as mãos transmitem os pensamentos
como que elevando lá bem no alto
toda a fúria dos sentimentos,
são esses os momentos
em que podemos realmente sonhar,
delirar com tudo o que passa pela nossa mente,
e planar no subconsciente do nosso interior,
repleto de coisas belas, maravilhosas, únicas,
é lá que mora o sonho, o desejo proibido,
e todas as atitudes não pensadas
todas as atitudes não premeditadas
toda a loucura que é transportada pelos sentimentos
de ilusão...
de paixão...
de inspiração...
no final de tudo, chegamos comovidos
a um lago de emoções fortes, sem igual no mundo,
esse lago és tu.

Sharky

05/05/08

Quero me perder em seu corpo


Quero me perder em seu corpo, lamber cada gota do seu suor, sentir seu membro latejante e ardente dentro de mim, que espera quente e úmida.
Quero que você sinta o meu mel, e se delicie enquanto eu entro em êxtase... Gemendo, uivando de tanto prazer...
Quero sentir seu gozo, jorrando deliciosamente, quero depois, senti-lo na minha boca, lambendo, chupando, e me deliciando de tanta volúpia.
Te quero..

Chris RJ